Em um primeiro momento, a Islândia não parece como um lugar interessante de se visitar. Muito menos que tenha um lado turístico incentivado. É algo até justificável de se pensar, visto que o país é famoso pelas suas temperaturas mais baixas.
Contudo, esse pensamento a respeito do turismo tem se mostrado cada vez mais equivocado. Hoje, a Islândia é um destino cada vez mais buscado pelos turistas de todas as partes do mundo.
Nos últimos quatro anos, ocorreu um aumento de 30% no número anual de visitantes. Se em 2011, eram 566 mil, em 2015 foram mais de 1 milhão.
É provável que grande parte da causa disso tenha sido a série de sucesso Game of Thrones, que realizou filmagens por lá. Seja como for, isso gerou uma receita extra de cerca US$ 3.2 bilhões no setor turístico do país.
O lugar é a segunda maior ilha europeia (atrás apenas da Grã-Bretanha) e foi descoberta por escandinavos durante o século IX. Em 874, ocorreu a fundação da capital Reykjavik e em 930, o Althing, o mais antigo Parlamento em funcionamento do mundo, foi estabelecido.
O fogo no gelo
A Islândia, e consequentemente seus cerca de 400 mil habitantes, possuem um relacionamento peculiar com a natureza selvagem da ilha. Isso porque o lugar possui uma quantidade considerável de vulcões em atividade por lá.
Alguns, como o impronunciável Eyjafjallajokull, causou caos recente ao espalhar cinzas por importantes rotas aéreas do norte da Europa Apesar disso, é exatamente esse movimentado ciclo geológico que move a natureza e a selvagem paisagem do país, trazendo uma relação de vida e receio.
São essas atividades vulcânicas que criaram as principais atividades turísticas da Islândia, como as mais de 170 piscinas geotérmicas, geleiras, lagos, a cascata de Gulfoss e o Parque Nacional Þingvellir (Thingvellir).
Um verdadeiro paraíso para quem gosta de atividades ao ar livre diferenciadas. Se você curte pedalar, pescar, descer riachos em caiaques e fazer longas caminhadas vai adorar a Islândia.
Devido às atividades vulcânicas, existem trechos com lava petrificada nas praias (que ficaram famosas por terem areia preta) e nas piscinas naturais (e cachoeiras!) de água quente. Para quem tiver curiosidade, é possível para entrar na câmara de um vulcão adormecido ou até mesmo sobrevoar uma cratera que cospe fogo.
A luz no céu
Apesar de todo esse lado turístico baseado no caos, cinzas e fogo, a razão que mais leva pessoas a fazer turismo na Islândia é a aurora boreal.
Um dos fenômenos mais espetaculares registrados na Terra e que ainda mexe com o imaginário de qualquer pessoa no planeta. Sua origem científica é devido a uma explosão solar. Acontece quando essa explosão espalha bilhões de partículas de energias são no espaço. Ao entrarem em contato com os pólos magnéticos e alguns gases do nosso planeta, ganham essa variação de cores: vermelho (nitrogênio), azul (hidrogênio) e verde (oxigênio).
Contudo, observar uma aurora boreal ao vivo não é uma experiência fácil. Existem até mesmo caçadores que se embrenham na escuridão invernal dos países do extremo norte do planeta só para ter alguns minutos a mais de deslumbre com as luzes coloridas no céu.
Na Islândia, entre setembro a abril, quando as noites são mais longas, as “Luzes do Norte” aparecem com bem mais frequência ao arredores da capital Reykjavík. Por causa disto, a Islândia se transformou em um dos lugares mais recomendados para admirar esse fantástico evento.